O culto de Nossa Senhora das Alfândegas remonta a 1507, quando, na sequência da peste que então grassava em Lisboa, os funcionários da Alfândega dessa cidade decidiram ir em romagem ao templo da Senhora da Atalaia, em Aldeia Galega (Ribatejo).

A peste cessou e uma tempestade no mar fez com que os barcos carregados de mantimentos destinados a outras paragens arribassem a Lisboa pondo fim à penúria de alimentos.

Observado o milagre do fim da peste, os oficiais da Alfândega, segundo a tradição mesteiral, organizaram uma confraria à dita senhora que, com o correr do tempo e o alastrar da devoção aos vários postos, se passou a designar de Senhora das Alfândegas.

A festa religiosa foi extinta em 1833, com a implantação do liberalismo e a laicização dos serviços. No entanto, essa devoção foi alvo de recuperação em 1968, quando, em 18 de dezembro desse ano, se voltou à celebração da Virgem Soberana Protetora das Alfândegas.

A fim de manter essa tradição, também no presente ano de 2024, a AT comemorou o dia de Nossa Senhora da Atalaia ou das Alfândegas com a celebração da habitual Missa, a qual teve lugar no dia 18 de dezembro, 2.ª feira, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha, sita na Rua da Alfândega, em Lisboa, tendo sido oficiada pelo Reverendo, Sr. Padre Mário Rui Pedras.

Conscientes de que nem todos os funcionários da AT podem assistir presencialmente a este evento, devido a dispersão geográfica dos seus serviços, foi decidido que a Missa fosse transmitida em direto permitindo assim que todos tivessem a oportunidade de presenciar este momento, tendo sido igualmente gravada para posterior visualização através do CAF.

 Direção de Serviços de Cooperação e Relações Institucionais, 19 de dezembro de 2023.